terça-feira, 19 de abril de 2016

Palavras de vida ou morte


Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas. Deuteronômio 30:19

No verão de 1945 os líderes japoneses perceberam que a Segunda Guerra Mundial estava perdida para eles. A questão, agora, era como negociar a paz.

Em 26 de julho de 1945, a Declaração Potsdam, exigindo a rendição do Japão, foi irradiada para aquele país. Os líderes japoneses não pretendiam rejeitar totalmente a Declaração. Queriam usá-la como base para as suas negociações. Mas precisavam de tempo para planejar sua resposta.

Mas a imprensa japonesa estava pressionando, exigindo uma declaração. Assim, em 28 de julho o Primeiro-ministro Suzuki falou à imprensa. Ele declarou que o governo estava adotando uma política de “mokusatsu”.

Acontece que a palavra “mokusatsu” não tem um equivalente exato em inglês. Ela é um pouco vaga mesmo em japonês. Podia tanto significar que o governo japonês decidira “não fazer comentários” (que era o sentido pretendido pelo Primeiro-ministro), ou que o governo decidira “ignorar a Declaração”.

Infelizmente, porém, sua declaração foi ambígua aos jornalistas presentes. E a Agência de Notícias Japonesa irradiou, em inglês, que o Governo Japonês decidira ignorar a Declaração Potsdam.
Alguns dias mais tarde explodiram as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. Duzentas mil pessoas morreram por causa de uma palavra mal traduzida!

Outro exemplo trágico da importância de uma palavra está na morte de Dag Hammarskjold, que foi secretário geral da ONU, de 1953 a 1961.

Dag estava em missão de paz no Congo. Mas na noite de 17 para 18 de setembro de 1961, o avião em que ele viajava caiu na Zâmbia e explodiu. A causa do acidente permaneceu um mistério durante muito tempo. Então os investigadores descobriram que na cabina de comando do avião destroçado havia um mapa aberto para Ndolo, que é o nome do aeroporto em Leopoldville (agora Kinshasa), no Congo.

O problema, porém, é que o seu destino era uma cidade chamada Ndola, na Zâmbia. Estudando o mapa de Ndolo, em vez de Ndola, o piloto achou que ainda devia descer mais 300 metros para aterrissar na pista de Ndola. Mas ele estava olhando o mapa errado. E em meio à escuridão da noite, o avião mergulhou no solo e explodiu.

Ndolo. Ndola. A diferença entre estes dois nomes é uma letra. Mas essa letra fez a diferença entre a vida e a morte.

A diferença entre a vida eterna e a morte eterna também depende apenas de uma palavra: sim ou não. Diga sim à vida que Cristo lhe oferece.

 Rubem M. Scheffel,

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