terça-feira, 19 de abril de 2016

Escolhido para aplaudir - Rubem M. Scheffel


A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 1 Coríntios 12:28

Um garoto chamado Jaime Scott se inscreveu para participar da apresentação de uma peça teatral em sua escola. Sua mãe revelou que ele havia colocado o coração nisso, mas ela temia que ele não fosse escolhido.

No dia em que as várias partes foram distribuídas, ela foi buscá-lo na escola. Quando a sineta tocou, no fim das aulas, Jaime saiu porta afora, ao encontro da mãe. Seus olhos brilhavam de orgulho e emoção.

– Adivinhe, mãe! – exclamou ele.
E ante o espanto da mãe, o garoto lhe disse com entusiasmo:
– Fui escolhido para bater palmas!

Que sabedoria tiveram as professoras ao dizer ao pequeno Jaime que ele não havia sido escolhido para representar no palco, mas para fazer a sua parte no auditório! E que humildade, da parte do garoto, em aceitar essa incumbência com alegria! Ele queria participar da peça, não importava como nem onde, e conseguiu. E estava feliz por isso.

A sociedade e a igreja precisam desses dois grupos de pessoas: os que vão à frente, falam e aparecem, e os que atuam na retaguarda, muitas vezes no anonimato, mas nem por isso são menos importantes. Porque realizam um trabalho de apoio, necessário aos que estão na linha de frente.
Imagine se todos atuassem como primeiro violino em uma orquestra! Ou se todos, num coral, cantassem a primeira voz. O fato é que alguém precisa ficar na retaguarda, e tocar contrabaixo, trompa, ou cantar barítono e baixo, para que haja contraste e os sons se completem.

Esta é a razão pela qual Deus concedeu diversidade de dons à igreja. Nem todos podem ser apóstolos. Nem todos são pregadores. Muitos poderão pertencer ao grupo de apoio, que muitas vezes trabalha no anonimato. Mas, sua obra é indispensável.

Que ninguém fique ressentido ou enciumado, pensando que seu trabalho não aparece ou não é reconhecido. Lembre-se do garoto que salvou a vida do apóstolo Paulo, mas o registro sagrado nem ao menos menciona o nome dele. Ele passou à história apenas como “o filho da irmã de Paulo” (At 23:16).

É possível que não apareçamos tanto quanto Pedro, nem brilhemos como Paulo. Mas há uma coisa que sempre podemos fazer: conduzir pessoas a Jesus.

Rubem M. Scheffel, 

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